Imagem Audiência pública discute papel dos terapeutas Ocupacionais e fisioterapeutas

Audiência pública discute papel dos terapeutas Ocupacionais e fisioterapeutas

Câmara Municipal de Vitória da ConquistaAudiência PúblicaNotíciaMárcia Viviane

23/10/2023 22:10:00


Demanda excessiva e crescente, número insuficiente de profissionais e políticas públicas escassas ou pouco eficazes para garantir a atuação de qualidade e a valorização dos profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional, sobretudo no Sistema Único de Saúde (SUS). Esses foram alguns dos pontos levantados na audiência pública promovida pela vereadora Márcia Viviane (PT), que debateu nesta segunda-feira (23), a valorização desses profissionais.

Viviane lembrou que em 13 de outubro, data que celebra os 54 anos de regulamentação da profissão de fisioterapeuta, é comemorado o “Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional”. Para ela, devido à proximidade da data, “o momento é simbólico para tratar da importância desses profissionais, principalmente para a saúde pública do Estado e do Brasil”.

Ampliação do serviço e valorização profissional - Além da reivindicação por mais profissionais no SUS e de carga de trabalho mais justa, a importância na qualificação da formação profissional foi outro tema de destaque no debate. O assunto foi abordado pelo fisioterapeuta Marcos Vinicius da Rocha, que esteve representando o serviço de fisioterapia do Complexo Hospitalar de Vitória da Conquista. “É fundamental que esse tema seja discutido cada vez mais para sermos valorizado enquanto categoria e como uma parte fundamental de um sistema de saúde eficaz no setor público e privado”, afirmou.

Áreas complementares - Representando o Conselho Municipal de Saúde, Jhoren Bomfim, que é formado em Educação Física, Pilates e Acupuntura, disse que, em sua área de atuação, sempre conviveu com fisioterapeutas, porque são profissões que possuem muita ligação e parceria. Segundo ele, os fisioterapeutas sempre buscam qualificação e são importantes para o SUS, porque estão inseridos na atenção primária, na secundária e na alta complexidade. Ainda em sua fala, destacou a importância de algumas profissões na saúde, porque todos têm o seu devido valor e precisam ser bem-vistas. Por fim, disse que a Educação Física completa a Fisioterapia e ambos “podem trabalhar juntos para contribuir com o bem-estar de cada um de nós”, concluiu.

Presença dos fisioterapeutas na Atenção Básica – Milena Carvalho destacou em sua apresentação a atuação dos profissionais de fisioterapia em todos os setores da saúde, incluindo os setores primários, como o Programa Saúde da Família (PSF), secundários e terciários. Ela defendeu a presença desses trabalhadores na atenção primária, por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde a sobrecarga e o número insuficiente de profissionais também pautaram a discussão.

Formação de novos profissionais – A coordenadora do Cemerf de Vitoria da Conquista, a fisioterapeuta Bruna Bacelar, destacou a baixa oferta de cursos de terapia ocupacional em todo o Brasil e da importância abertura de novas turmas para formar novos profissionais que atendam as demandas existentes nas políticas públicas de saúde, da assistência social, da educação e, até mesmo, do sistema prisional. “Temos um problema sério em que a maioria dos estados brasileiros ou não tem curso de terapia ocupacional, ou os cursos são da empresa privada e estão em situação de fechamento”, informou.

Criação de um instituto multidisciplinar em reabilitação - O diretor geral da Universidade Federal da Bahia campus Anísio Teixeira, Márcio Vasconcelos pautou a expectativa de implantar o curso de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional na Ufba de Vitória da Conquista. Segundo ele, há uma campanha para o campus Anísio Teixeira se desmembrar da Ufba e se tornar a Universidade Federal do Sudoeste da Bahia. “Somos honrados de sermos Ufba, mas precisamos crescer e ter autonomia para avançar e implantar mais cursos”, declarou. De acordo com Márcio Vasconcelos, essa proposta já foi aprovada em todos os âmbitos da universidade, mas não teve força e foi engavetada. Ao falar sobre os esforços, ele afirmou que, desde o começo do ano, tem buscado ajuda para que esse feito venha se concretizar. No entanto, foi constatado que “não é possível nesse momento criar uma nova universidade, é preciso recompor o orçamento das universidades de institutos federais”, afirmou. Ainda em seu discurso, ele disse que, com a criação da nova universidade, existe a possibilidade dos cursos de Fisioterapia, fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Psicopedagogia e Educação Inclusiva, que tornarão a Universidade Federal do Sudoeste da Bahia em um instituto multidisciplinar em reabilitação.  

Remuneração e atuação multiprofissional - Robson Oliveira Costa Júnior lembrou que as ações multiprofissionais são fundamentais, e que não é possível manter um bom funcionamento do sistema de saúde sem o devido reconhecimento de todas as classes que o compõem. Ele, que representou o CREFITO 7, também destacou que o reconhecimento do trabalho dos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais é cada dia maior, mas que ainda não vem acompanhado de uma forma justa de remuneração. “A nossa reivindicação de uma referência própria de remuneração possui sustentação jurídica”, argumentou. “Nossas profissões foram mais aceitas nos últimos anos, porém a nossa luta enquanto categoria antecede esse reconhecimento”, pontuou.

Falta terapeuta ocupacional em Vitória da Conquista - A terapeuta ocupacional e vice-presidente do CREFITO 7, Glicia Miranda Silveira iniciou o seu discurso pautando a importância dos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais, que, segundo ela, são profissionais que fazem a diferença na saúde da população. Conforme relatou, esses trabalhadores atuam no fortalecimento dos Sistema Único de Saúde, ajudando para que as pessoas tenham acesso a uma saúde digna. Ainda em seu relato, a vice-presidente do CREFITO 7 afirmou que é necessário pensar que a porta de entrada do SUS é a atenção básica e muitos problemas poderiam ser resolvidos nessa etapa. Em tom de crítica, ela perguntou se “precisa instalar primeiro o problema para depois resolver?” Além disso, Silveira disse que os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacionais estão perto da população e prontamente percebem os primeiros sinais de um desenvolvimento neuroatípico. Ainda, afirmou que a população está envelhecendo e precisa desses profissionais, que atuam também na prevenção de deficiências e na promoção da saúde. Ao concluir seu discurso, falou sobre a falta de terapeutas ocupacionais em Vitória da Conquista.

Durante a audiência foram homenageadas profissionais da fisioterapia:


 



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