A vereadora Lúcia Rocha (MDB), usou a tribuna da Casa do povo na manhã desta sexta-feira, 10, para cobrar investimentos voltados para a pessoa com Transtorno do Espectro Autista, TEA. “Algumas mães me procuraram recentemente para relatar suas dificuldades e incansável luta por acesso à saúde de qualidade para seus filhos”, relatou, completando que existem mais de quatro mil autistas laudados na cidade, “fora os que não são laudados e para essas mães é uma busca constante”.

Lúcia lembrou que o diagnóstico precoce de uma pessoa autista, possibilita um desenvolvimento de estímulos para independência e qualidade de vida das crianças. “Para isso, deveríamos contar com uma rede de apoio e assistência a pacientes com essa condição”, falou. Ela destacou ainda, a importância de uma atenção especializada, de uma rede de cuidados à pessoa com deficiência, lembrando que “poder contar com centros especializados em reabilitação que estejam preparados para atender essa demanda, e que possam ser, de fato, responsáveis por diagnóstico, tratamento, e adaptação, é fundamental para essas crianças e familiares”.

“A constituição prevê o direito à saúde, e que saúde é essa?”, questionou, afirmando que falta neuropediatra, neuropsicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, profissionais essenciais para o desenvolvimento do autista. “Alguns autistas não são verbais, precisam do fono para estimular a fala e hoje o caps não garante isso”, contou. Ainda segundo ela, “crianças que precisam de laudo para confirmar o diagnóstico, tem que pagar consultas caríssimas para obter esse laudo” e completou dizendo que faltam fraldas para crianças especiais e a medicação disponibilizada, muitas vezes não são adequadas para o tratamento e “são remédios de alto custos”.

Segundo Lúcia, as mães das crianças reclamam que o acesso ao CAPS IA é difícil e que encontram dificuldades para agendamento de consultas. “É uma série de questões que dificultam muito a vida dessas mães e de suas crianças, que veem no tratamento uma oportunidade da melhoria da qualidade de vida dos seus filhos”, disse.

Lúcia lembrou que o tratamento para crianças com TEA é caro e que, quem não tem plano de saúde, necessita do tratamento gratuito pelo SUS. “Fica esse meu apelo e chamo a atenção da Prefeitura Municipal, estarei cobrando o avanço das políticas públicas para crianças e adultos com autismo em nossa cidade”. Por fim, agradeceu aos trabalhadores do Deserg pela realização da ponte do Ibirapuera, “muitos moradores me ligaram ontem, felizes com a notícia de que agora poderão pegar o ônibus tranquilo sem medo de cair, os trabalhadores do SESC poderão se deslocar sem dificuldade”.