A Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) realizou nesta sexta-feira, 23, uma sessão especial para discutir a campanha salarial de 2018 dos servidores municipais. Estiveram presente para o debate, representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Vitória da Conquista (SINSERV), Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP), Sindicato dos agentes de saúde e Endemias (SINDACS) e do Conselho Tutelar.

Valorização dos conselheiros tutelares - Representando o Conselho Tutelar, Poliana Santana disser que em Vitória da Conquista, o Conselho é dividido em três áreas, zona leste, zona oeste e zona rural, sendo apenas 15 conselheiros para atender toda a demanda do município.  “Estamos em uma das cidades mais violentas do país e é crescente a violação dos direitos da crianças e adolescentes. Lidamos todos diariamente com essas situações de violência e risco e não temos direito ainda a adicional de periculosidade”, informou. Em nome da classe, ela reivindica que o governo municipal reavalie as leis das condições de trabalho. “Estamos pleiteando os benefícios de concessão de periculosidade, aumento do salário base e remuneração pela dedicação exclusiva”, listou.

Confira o pronunciamento de Poliana Santana:

Que os compromisso feitos pela prefeitura sejam cumpridos - O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Vitória da Conquista (Sinserv), José Marcos Amaral, ressaltou que a Câmara Municipal garantiu no ano passado que o diálogo entre servidores municipais e a Prefeitura acontecesse. “Ano passado nós tivemos uma campanha que se não fosse esta Casa abraçar a nossa luta a gente não teria êxito”, disse ele.

Segundo José Marcos, ao contrário do que vem ocorrendo com os outros sindicatos, o governo tem atendido às pautas apresentadas pelo Sinserv atualmente. Ele aproveitou a oportunidade para cobrar o cumprimento de compromissos feitos na campanha salarial passados.

Confira o pronunciamento de José Marcos:

“Esperamos que não seja uma tentativa de desarticular o nosso movimento” - afirmou Rita Susana, presidente do Sindicato de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (Sindacs), ao falar sobre a reunião com o Governo Herzem Gusmão, agenda para a próxima terça-feira (29), para a primeira rodada de negociação de reajuste salarial. Ela conta que o ofício com a pauta do sindicato foi entregue ao governo no dia 28 de março, e já foram demarcadas duas reuniões. O sindicato cobra mais agilidade. “Queremos manifestar a nossa indignação por essa enrola”, disparou.

Rita comentou também sobre o parecer da procuradoria jurídica da prefeitura que retira o direito ao adicional de pós-graduação. “Nós buscamos sempre incentivar a formação dos agentes, hoje já temos vários com ensino superior. Estamos formando um grupo que irá fazer pós em saúde coletiva. Isso é importante para a população. O sindicato luta por isso, e o servidor merece esse incentivo”, disse. A presidente do sindicato frisou a organização do movimento. “Se for preciso, vamos para rua mesmo. Não fugimos da luta”, finalizou.             

Confira o pronunciamento de Rita Suzana:  

“O governo vem protelando as negociações” - A representante do Sindicato do Magistério Municipal Público (Simmp), Ana Cristina Novais lamentou que mais uma vez a classe tenha que apelar ao Poder Legislativo para garantir o diálogo dos servidores com o Executivo Municipal. Ela apontou que o Governo Municipal vem protelando as negociações. “Não sei se seria incompetência ou uma estratégia de protelar tentando desmobilizar a categoria”, disse ela.

Ela apontou, que além dos necessários avanços os servidores cobram o cumprimento de compromissos feitos durante a campanha salarial de 2017. “Cadê o plano habitacional? Cadê os R$ 5 milhões dos refis que foi prometido no ano passado? Cadê o plano de saúde do servidor? Cadê a recomposição salarial?”, questionou ela. “O servidor merece respeito. Que o diálogo esteja em consonância com a prática”, cobrou.

Confira o pronunciamento de Ana Cristina:

“Estão tirando do servidor para pagar as terceirizações” - Segundo o vereador Valdemir Dias (PT), líder da Bancada de Oposição, o Governo Herzem Gusmão vem desvalorizando o servidor municipal, em prol das terceirizações da gestão. Ele alerta também para o fato das terceirizações estarem sendo realizadas sem licitações públicas. “Estão tirando até os direitos já conquistados pelos servidores. Tirando deles para manter as empresas de Salvador”, afirmou.

O vereador se preocupa com o parecer da procuradoria jurídica do município que retira do servidor municipal o adicional de pós-graduação. “Esse incentivo ao aprimoramento do servidor, foi garantido pela gestão passada e agora estão tirando esse direito”, indignou-se. Valdemir se colocou à disposição dos sindicatos. “Estamos aqui para combater todas essas maldades contra o servidor que estão sendo feitas pelo governo municipal”, afirmou.

Confira o pronunciamento do vereador Valdemir Dias: