O vereador Professor Cori (PT) destacou, durante a Sessão Especial sobre o novo presídio de Vitória da Conquista, que a construção do novo presídio tem o objetivo de ressocializar os criminosos a partir de uma nova concepção penitenciária na Bahia. “As duas novas unidades vão ampliar o atendimento para 819 vagas, sendo 533 vagas para o masculino e 286 para o feminino”, detalhou o parlamentar.O aumento do custo das obras da construção do novo presídio, de acordo com Professor Cori, é fruto da falta de propostas de empresas para participarem da licitação de escolha da construtora. “O processo acabou caducando. Com o atraso, o orçamento, que inicialmente era de R$ 16 milhões, saltou para R$ 33 milhões”, contou o vereador.A segurança pública, apontou Cori, tem sido uma preocupação comum de vários setores da comunidade conquistense. “Esse tema está afligindo a sociedade como um todo. Essa relação está cada vez mais agravada quando a gente pega os índices de homicídio, chegando a 60, o que nos coloca numa grande interrogação. O modelo de sociedade que estamos vivenciando está falido”, disse Cori.Professor Cori criticou ainda o modelo prisional adotado, apontando que ele não promove a ressocialização dos custodiados. “É evidente que há um esgotamento do modelo prisional. Não promove a ressocialização, é excludente”, observou. De acordo com o parlamentar, o Ministério da Justiça diz haver mais 500 mil pessoas presas no Brasil, perdendo apenas para os EUA (2,2 milhões), China (1,6 milhões) e Rússia (740 mil) no número de custodiados.Antes de concluir o seu pronunciamento, Cori criticou também a terceirização dos serviços prestados no presídio. “Qual o modelo de estado, do ponto de vista de governo, de funcionalidade, a gente está querendo? Não dá mais pra gente fazer essa discussão superficial sem observar as dicotomias que estamos vivendo”, observou ele.