Imagem Câmara discute formas de combate ao mosquito aedes aegypti

Câmara discute formas de combate ao mosquito aedes aegypti

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26/02/2016 13:26:50


O Combate ao mosquito aedes aegypti, foi tema da sessão mista realizada pela Câmara municipal de Vitória da Conquista (CMVC) na manhã dessa sexta-feira (26). A sessão foi proposta pelo vereador Cícero custódio (PV) juntamente com a comissão de saúde da casa, formada por ele e pelos vereadores Juvêncio Oliveira (PV) e Ademir Abreu (PT) e contou com a presença de Márcia Viviane Araújo, Secretária Municipal de Saúde; Poliana Gusmão, Coordenadora de Endemias; Emanuela Gal, Médica do SAMU 192; Dalva Prates, Diretora de Vigilância em Saúde; o Subtenente Marlon Barros da Silva; GilásioSilveira, Secretário Municipal de Serviços Públicos; Agente de endemias, Joseilton Ferreira Lima e Rosane Carvalho representando o Governo Estadual.

[caption id="attachment_9803" align="alignleft" width="300"]Cícero Custódio Cícero Custódio[/caption]

O vereador Cícero Custódio (PV) iniciou seu pronunciamento dizendo que a Casa Legislativa poderia estar cheia. “Debate importante. Vírus está alastrando pelo país, estado e cidade”. Informou que a Secretaria de Saúde, e o Legislativo estão nessa luta. “Há uma preocupação do prefeito com a secretária. Tivemos uma reunião à 20 dias”. Para ele “hoje o agente de saúde somos nós, nas residências”. Cícero informou que há terrenos baldios na periferia, zona oeste e povoados da zona rural “onde as pessoas não tem muita informação”, sugerindo que além da fiscalização, o Poder Executivo aplique multa. “Vamos lutar contra o inimigo invisível. Pegar no ninho e destruir para não matar pessoas”. Ressaltou que há mães preocupadas e “mulheres que queriam engravidar e estão com medo da microcefalia”. Agradeceu a presença de todos os componentes da mesa, os vereadores e demais presentes. “As pessoas que estão aqui estão preocupadas com a sociedade. Todos estamos envolvidos com esse trabalho”.

[caption id="attachment_9804" align="alignright" width="300"]Poliana Gusmão Poliana Gusmão[/caption]

A Coordenadora de endemias, Poliana Gusmão, agradeceu a oportunidade da secretaria de saúde estar hoje junto com a CMVC para “combater um mosquito tão pequeno e que faz um estrago imenso”. Ela lembrou que o mosquito começou apenas com a transmissão de uma doença e hoje já tem três: zika vírus, chicungunya e dengue e apresentou um vídeo que esclareceu algumas duvidas sobre as ações de combate ao mosquito.

[caption id="attachment_9805" align="alignleft" width="300"]Emanuela Gal Emanuela Gal[/caption]

A médica emergencista, Emanuela Gal, fez uma ampla apresentação  sobre a dengue, zica e chikungunya. Ela explicou que a dengue é “uma doença infecciosa febril aguda, de evolução benigna ou grave, a depender da forma de apresentação: formas inaparentes podendo evoluir para mais graves e levar a óbito”. Ela informou como se define os casos suspeitos: pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença do aedes aegypit; que apresenta febre, usualmente entre 2 e 7 dias; e apresente duas ou mais das seguintes manifestações como náusea, vômitos, dor de cabeça.

A médica também explicou que a zika é um vírus muito parecido com a dengue e chikungunya, e que sua contaminação e proliferação também se dão pelo mosquito transmissor da dengue. Seus sintomas são: febre baixa, manchas na pele, dores nas articulações, dor de cabeça, secura nos olhos, edema e prurido. A profissional fez recomendações importantes: caso sinta alguns destes sintomas, beba bastante água e procure uma unidade de saúde. Se mesmo depois do atendimento apresentar sangramento, dor forte abdominal ou vômitos procurar o atendimento em uma unidade hospitalar.

[caption id="attachment_9806" align="alignright" width="300"]Dalva Prates Dalva Prates[/caption]

A Diretora de Vigilância em Saúde, Dalva Prates, disse que está feliz com a equipe de endemias do município. “São profissionais extremamente comprometidos e estão de armadura mesmo vestidos, imbuídos no sentido de eliminar esse vetor o Aedes”. Informou que se trata de grande relevância para a saúde pública, pois o mosquito transmite a dengue, a zika, a febre Chikungunya e a febre amarela. Informou que não há casos de febre amarela devido à imunização em maciça das crianças, “infelizmente ainda não tem a imunização para as outras patologias”. Dalva pediu que para a sociedade e as instituições públicas e privadas do município para dar as mãos no combate ao mosquito. “Tivemos recentemente uma reunião com os representantes dos carros pipas, que fazem distribuição de água para zona rural, pois há o aumento de dengue na zona rural, muitas unidades focadas estão ao ar livre nos reservatórios”. Informou parcerias feitas na área urbana exemplificando a realizada com a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). “Pedimos a parceria de todos os vereadores e comunidade. Trabalho incansável e permanente”.

[caption id="attachment_9807" align="alignleft" width="300"]Joseilton Lima Joseilton Lima[/caption]

Joseilton Lima, representou os agentes de endemias durante a sessão e explicou que os agentes tem todo o equipamento necessário para ajudar a população no combate ao mosquito transmissor da dengue. Ele lembrou que o combate ao mosquito é um trabalho que deve ser de todos: “a gente quer combater o mosquito, e as ações devem estar em cada um de nós”. Ele relatou casos de moradores que cobram a presença constante dos agentes, mas explicou que se todos fazem sua parte nãoé preciso a presença dos agentes. “O combate eficaz esta na cabeça de cada cidadão. Quando a população perceber que é preciso acabar com os criadouros, vamos conseguir eliminá-lo”, falou.  Encerrou seu pronunciamento lembrando que “o agente não é responsável em acabar com o mosquito, ele ajuda a população, auxiliando e direcionando as pessoas de como devem ser os cuidados”.

[caption id="attachment_9809" align="alignright" width="300"]Gildásio Silveira Gildásio Silveira[/caption]

O secretário municipal de Serviços Públicos, Gildásio Silveira, explicou que a prefeitura tem retirado das ruas, diariamente, cerca de 300 toneladas de lixo e 250 de entulho. Ele lembrou que lixo e entulho são portas de entradas para focos do mosquito e ressaltou que a responsabilidade pelo combate à dengue é de todos, cada um tem sua parcela. Silveira alertou a população para que cuide de suas residências, pois, segundo estatísticas, 90% dos criadouros estão dentro das casas. “Não é achar que o problema está no vizinho ou que está, pura e simplesmente, com a prefeitura, com o governo do estado ou o federal”, disse. O secretário agradeceu a parceria da Câmara que, além da sessão mista, ajuda na identificação de pontos críticos, por meio de indicações para limpeza de áreas.

[caption id="attachment_9810" align="alignleft" width="300"]Subtenente Marlon Barros da Silva Subtenente Marlon Barros da Silva[/caption]

O Subtenente Marlon Barros da Silva iniciou seu pronunciamento informando que “o combate não é bélico, mas é mais poderoso, porque não enxergamos”. Disse que o Brasil sofre há algum tempo com o mosquito. “O Exército em algumas regiões já faz esse trabalho”. Esclareceu que em nosso município há o Tiro de Guerra. “Meu pessoal entra em março e dá baixa em dezembro”. Para a ação realizada no dia 13, “voluntários, pessoas que já serviram o Exército me procuraram de forma voluntária e participaram”. Atualmente, o Subtenente, está passando nas escolas, “dando palestras falando sobre o combate preventivo ao mosquito. O combate não é só do agente comunitário. A grande maioria dos focos está nas residências”. Marlon esclareceu que o combate sem a vacina,  se faz com responsabilidade, aumentando o nível de conhecimento, uso de repelente, roupa com manga cumprida e aprendendo o hábito desse mosquito”. Finalizou solicitando o comprometimento de todos.

[caption id="attachment_9811" align="alignright" width="300"]Márcia Viviane Márcia Viviane[/caption]

A Secretária Municipal de Saúde, Márcia Viviane, lembrou que “estamos passando por um momento importante e que é preciso todos estarem unidos para esse combate”. Relatou que antes o mosquito apenas transmitia a febre amarela e “nossa região não possuía esse foco, mas hoje tivemos uma evolução, desenvolveu a dengue, hoje a zika, que não se deu muita importância e paralela a zika, surge a chicungunya”. Disse que apenas com as notificações de microcefalia que começaram em Pernambuco, é que passamos a dar maior importância a esse mosquito. “Estamos trabalhando em nossa cidade para que possamos combater o quanto antes esse mosquito, e agradecemos todos os órgãos e ao Legislativo, por se juntarem em prol desse combate”. A secretária falou ainda que esta em alerta, não só para os sintomas, mas principalmente aos criadouros do mosquito. “Todas as incidências registradas em Vitória da Conquista, estão dentro de nossas casas, e isso tem que acabar: Não se trata de um animal doméstico, temos que tirá-lo de nossas casas”. Lembrou que os mosquitos não nascem contaminados, eles vão se contaminando ao longo da vida. “São medidas simples como o faxinaço instituído pelo Ministério Público, que visa olharmos nossas caixas d´agua, vasos de plantas, quintais”, falou. A secretaria instituiu um grupo para monitorar hospitais e intensificou as ações nas residências e mais uma vez pediu a união de todos para que o mosquito possa ser combatido o quanto antes.

[caption id="attachment_9812" align="alignleft" width="300"]Rosane Carvalho Rosane Carvalho[/caption]

A representante do Núcleo Regional de Saúde do Estado, Rosane Carvalho, informou que o órgão enfrenta dificuldades, pois possui uma equipe reduzida e dificuldades de realizar o trabalho de campo, sobretudo após a extinção das diretorias estaduais de saúde (Dires). Ela ressaltou que a prevenção é fundamental porque o combate ao mosquito é muito difícil, além de ser mais barata. “A gente não tem noção do quanto é complexo combater o vetor a partir do momento que ele existe”, disse. Carvalho advertiu que essa situação poderia ter sido evitada e defende uma reflexão sobre as causas. A profissional salientou que em Conquista ações vem sendo feitas, mas existem muitos municípios enfrentando um cenário caótico.



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