Imagem Artistas e Produtores culturais participam de audiência sobre Centro de Cultura

Artistas e Produtores culturais participam de audiência sobre Centro de Cultura

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17/09/2015 22:15:00


Foi realizada na noite dessa quinta-feira (17), na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), uma Audiência Pública para debater a situação do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. A audiência foi proposta pelo presidente da casa Gilzete Moreira (PSB) e subscrita por todos os vereadores da casa.  Na oportunidade, diversas autoridades locais e estaduais, além de pessoas ligadas à cultura de Vitória da Conquista, participaram das discussões.

O Maestro João Omar  disse que o Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, não é o espaço mais adequado para a cultura, mas é o local mais completo que existe em Vitória da Conquista. “Existem vários outros espaços com problemas de acústica, iluminação e tantos outros, mas o centro de cultura, mesmo apresentando problemas, é o melhor lugar que temos”, afirmou.  Por fim, ele solicitou que “sempre que for construído qualquer ambiente para eventos, que se pense no som, em apresentações grandes. O centro de cultura não é bom mas é o melhor que temos para Vitória da Conquista”.

Vagner Silveira da companhia Kajemí,  relatou que “nosso último evento foi em maio tivemos a casa lotada e muita gente ficou de fora porque não tinha lugar”. Fomos expulsos do centro de cultura sem ter para aonde ir”, relatou. Ele informou que os artistas foram avisados que poderiam utilizar o espaço da concha acustica, “mas só podemos usar se pagar um encargo. Já utilizei por vários anos e agora somos impedidos”. Vagner questionou o “porque tenho que pagar encargo se somos grupos da casa e precisamos de espaço?”. Finalizou dizendo que não tem lugar para ensaiar, “me ofereceram o Teatro Carlos Geová mas tem tantos outros na mesma situação que a minha”.

Para o fotógrafo, D'Almeida, não existe interesse do governo em reabrir o centro de cultura: “Maristela foi demitida porque estava fazendo um bom trabalho. Abrangendo todas as artes. O centro de cultura se tornou a esquerda da cultura. A arte não pode ser levada por esse caminho. Está claro que não existe interesse de reabri-lo”.

O cantor Danilo Kiribamba disse que seu primeiro show musical foi realizado no Centro de Cultura. “Gostaria que reabrisse. Sou músico e sinto falta. Imagine para o teatro”. Finalizou solicitando que até o final da Audiência fosse colocada uma data para saber quando ele vai reabrir.

O ex-diretor do Centro de Cultura e produtor cultural, Paulo Mascena iniciou sua fala dizendo que mesmo sendo tarde é melhor que nunca, mas entende que “essa sessão está com dois anos de atraso”. Para ele, o Centro não deveria ser fechado. “Aceito as argumentações da Dra. Guiomar, mas o secretário da cultura na época, Albino, não se esforçou para evitar o fechamento”. Paulo destacou o prejuízo fechado por dois anos, pois várias companhias de teatro estão sem se apresentar. “Não precisa ser fechado para fazer a reforma”. Sobre a reabertura da concha acústica, afirmou que “para cada 10 eventos realizados dentro do prédio, realiza um na concha”. Finalizou solicitando a abertura de todo o Centro de Cultura com a reforma em andamento.

A professora do curso de Cinema da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Adriana Amorim, destacou a importância da apresentação feita por Romualdo Lisboa, representante da Secult-Ba, pois trouxe dados que muitos não sabiam. “Eu não tinha acesso às informações que você trouxe e tenha certeza que vou divulga-lás”, falou. Para ela, a sociedade tem feito a sua parte em relação ao fechamento do Centro buscando espaços alternativos como o Teatro Municipal Carlos Jehovah. “Eu acho que a Secult provou com dados que está fazendo a sua parte. Eu acho que a cidade de Vitória da Conquista está fazendo a sua parte com essa importantíssima audiência. E eu acredito que agora é hora do Ministério Público fazer a sua parte”, detalhou. Ela pediu ao MP solidariedade para com a causa do Centro e se dirigiu à promotora Guiomar Miranda: “Se temos 80%  das obras realizadas eu peço do fundo do meu coração que a senhora reveja a sua decisão”.

Para a produtora cultural Kétia Damasceno, cultura não é evento. Ela falou da importância da cultura, inclusive para medir os níveis de desenvolvimento de um povo. Segundo Kétia, os dois anos de fechamento do Centro representam um retrocesso e um bloqueio no desenvolvimento social de Vitória da Conquista e região. “Aquele lugar é de formação, é um lugar de cidadania, é um lugar de expressão cultural onde, ao invés de jovens estarem nas ruas se drogando ou pegando em armas, poderiam estar naquele local se formando, se expressando culturalmente”, disse. Ela pediu mais atenção para a cultural, que possui o menor orçamento e “é o primeiro a ser cortado em tempos de crise”.  Para ela, a cultura e a educação deveriam ser áreas prioritárias para os governos: “Porque é através delas que vamos poder sair e encontrar outras soluções para as crises que nós estamos passando hoje”. A produtora expressou surpresa ao saber que o Centro de Cultura Adonias Filho, localizado em Itabuna, já foi reaberto. “Nós estivemos lá e fico muito triste, a situação do Centro de Cultura de Itabuna era terrível”, detalhou. Segundo ela, o Centro de Conquista não estava na mesma situação precária, mas continua fechado. 



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