12/12/2014 11:10:00
Em seu pronunciamento na sessão ordinária desta sexta-feira (12), o vereador Florisvaldo Bittencourt (PT) falou sobre os encaminhamentos da comissão formada pela Câmara Municipal para intermediar o impasse entre prefeitura e comerciantes do setor atacadista da Ceasa. Segundo ele, na reunião com o prefeito Guilherme Menezes, a Câmara cumpriu com o seu papel de mediadora, dando a oportunidade de o representante da associação de entregar um documento ao prefeito e expressar suas preocupações. “Nessa reunião com a presença de cinco vereadores desta Casa, tivemos uma discussão exaustiva, mas de lá saiu uma proposta para que fizéssemos os encaminhamentos necessários junto ao Ministério Público e ao proprietário do imóvel, porque é do nosso interesse estabelecer uma mesa de negociação para resolver o problema”, disse.
O vereador informou que a comissão já esteve com o promotor Dr. Carlos Robson, e fez uma visita a um membro da família do proprietário do terreno, para agendar uma visita na próxima semana, com a presença do secretário, para entendimento das partes. Ainda de acordo com Florisvaldo Bittencourt, durante a reunião no Ministério Público a comissão foi informada que caso os comerciantes sejam despejados imediatamente o MP entra com ação civil pública contra o município, exigindo um espaço para que eles possam ser fixados. “Isso requer ainda mais esforço da nossa parte e da prefeitura para resolver o impasse; nós acompanhamos o dia a dia da Ceasa e sabemos da preocupação dos comerciantes e da sociedade com esse problema, até a PM se assustou com a mobilização, não por amedrontamento, mas pela proporção do que isso pode ocasionar caso ocorra o despejo, esperamos que surjam mecanismos para impedir que essa situação se concretize”.
Com relação à ordem de despejo, o vereador esclareceu que não há participação direta do Ministério Público nesse processo, e sim um acordo unilateral entre prefeitura e proprietário do terreno. “Esperamos uma solução antes do dia 28, para trazer tranquilidade aos comerciantes e à população; às vezes alguns técnicos tomam decisões sem imaginar os danos que isso pode ocasionar, mas podemos garantir que essa é uma preocupação dos 21 vereadores desta Casa e estamos dialogando com o governo, com as partes envolvidas, para que não precisemos enfrentar esse destempero”.
Por Bia Oliveira / ASCOMCV