Imagem Sociedade Civil participa de audiência pública sobre o retorno das aulas presenciais

Sociedade Civil participa de audiência pública sobre o retorno das aulas presenciais

Câmara Municipal de Vitória da ConquistaAudiência PúblicaNotícia

09/02/2021 18:38:00


Representantes de escolas, sindicatos e pais de alunos participaram da audiência pública realizada na tarde desta terça-feira, 09, para discutir o retorno das aulas no município de Vitória da Conquista. Mesmo com posicionamentos distintos com relação ao retorno imediato das aulas, todos concordaram que essa medida só é possível com protocolos e medidas de segurança eficazes para a população. 

Escolas abrem e fecham como efeito sanfona - César Nolasco, representando a APLB, lembrou que por todo o mundo escolas estão abrindo e fechando, “um efeito sanfona”. Citou Manaus que, segundo ele se precipitou. “Não é só arrumar escola. São milhares de pessoas circulando pela cidade. A vacina está próxima, então por que não esperar?” e afirmou que “problemas neurológicos são tratados mas vidas perdidas não”.

Professores querem segurança para retornar - A professora Silvina Dias ressaltou que os professores desejam retornar às aulas, mas precisam de segurança sanitária para trabalhar. “Nós queremos retornar às salas de aula com segurança. Aulas poderão ser repostas, vidas humanas, não”, disse ela.

Padronização de protocolos - O advogado e representante da APLB, Tonny Alcântara, criticou a política negacionista em relação à Covid-19, e o impacto desse comportamento no enfrentamento à doença. Tonny questionou como discutir o retorno às aulas, pois o contexto atual é completamente contrário a essa realidade. Nesse sentido, ele condicionou esse retorno à imunização de todos os profissionais de educação. Tonny finalizou o discurso cobrando uma padronização dos protocolos para que todas as escolas tenham condição de executá-los.

Pais pedem retorno imediato - Robson Oliveira, pai de alunos e morador do conjunto Vila Serrana, disse que é preciso respeitar a ciência. “Sou pai de dois filhos de 11 anos e eles estão sofrendo”. Afirmou que seus filhos circulam pelas praças e ruas. “Não sou hipócrita, meus filhos saem, mas quero o retorno às aulas, eles sofrem com problemas de sono desde que as escolas fecharam em março do ano passado”. Finalizou defendendo a volta às aulas com responsabilidade.  

Educação não foi prioridade do Governo Municipal – O professor Omar Costa apontou que o Governo Municipal não tratou a educação como uma prioridade ao reabrir comércio, bares, restaurantes e shoppings antes da reabertura das escolas. “Vocês foram irresponsáveis desde março. A culpa é do poder público de Vitória da Conquista”, analisou Costa.

Ele propôs que as escolas sejam reabertas e o comércio, os bares e os shoppings sejam fechados. “Tenho uma proposta. Vamos fechar os bares e o comércio por dois meses e vamos reabrir as escolas”, propôs o educador.

Precarização da educação - O representante da Associação de Valorização da Educação do Sudoeste Baiano (Avesb), Antônio Landulfo, criticou a precarização da educação que foi agravada com a pandemia no município. Voltado para o contexto local, ele informou que Vitória da Conquista possui 106 escolas particulares, abrangendo um universo de mais de 20 mil alunos espalhados em todos os bairros da cidade. Landulfo ressaltou ainda o percentual de evasão das escolas particulares, estimando esse índice em 20%. Finalizou o discurso afirmando ser a favor do retorno das aulas, com rodízio entre os alunos e garantia de distanciamento.

Esse assunto não pode ser tratado com politicagem - Bruno Garcia, advogado da AVESB, lembrou que esse assunto não pode ser debatido com politicagem. “Ninguém aqui é negacionista. Desde o início, com as tratativas do poder público, vem se posicionando de forma cautelosa. As escolas estão prontas desde abril, com protocolos discutidos com o poder público”. Finalizou dizendo que a Avesb defende com urgência a volta às aulas de forma segura. “Nos alinhamos nesse entendimento, porque o mundo todo defende a abertura das escolas em primeiro lugar, menos o Brasil”.

Governo fez seu trabalho - A subsecretária de Educação, Arlete Dórea, disse que o Governo fez o seu trabalho. “A gente discutiu com diversos setores, o protocolo de retorno às aulas presenciais”. Ela comemorou o fato de a rede municipal ter conseguido atender, durante a pandemia, 87% dos 53 mil alunos da Rede Municipal de Educação.

A subsecretária criticou a Bancada de Oposição por ter feito críticas ao Governo Municipal. “É muito fácil fazer oposição”, criticou.




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