Imagem Sessão especial debate greve dos professores e proposta de reajuste salarial enviada pelo Executivo

Sessão especial debate greve dos professores e proposta de reajuste salarial enviada pelo Executivo

Câmara Municipal de Vitória da ConquistaVereadoresSessão EspecialNotícia

08/08/2018 11:10:00


Uma sessão especial, nesta quarta-feira, 08, debateu a situação da educação municipal. As principais pautas foram as reivindicações do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP) e a proposta de reajuste salarial da categoria enviada pelo Executivo. Os professores discordam da tabela e afirmam que a proposta acaba com o piso e o plano de carreira. O Projeto de Lei Ordinária do Executivo nº 12 de 2018 prevê reajuste de 6,79% para os professores de nível I, 2,76% para o nível II. A Prefeitura Municipal não enviou nenhum representante para a sessão.

Prefeitura não comparece à sessão e sindicato lamenta – A presidente do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP), Ana Cristina Novais, lamentou a ausência de representantes do prefeito Herzem Gusmão e da Secretaria Municipal de Educação na sessão proposta para discutir a situação dos profissionais da educação e o projeto de lei nº 12/2018 que autoriza o Executivo Municipal a conceder o reajuste geral aos servidores do quadro do magistério. Segundo Cristina, “a gente está pedindo tão pouco. Falta apenas boa vontade”. A categoria discorda da proposta do Executivo e segue em greve. A sindicalista ainda frisou que tem recebido denúncias de problemas nas escolas como a falta de merenda escolar.  

Descaso com os monitores de creche – A Tesoureira do SIMMP, Aline Ribeiro, lamentou que os monitores de creche ainda sejam tratados com tanto desrespeito pelo Governo Municipal. “A questão do monitor é simplesmente a boa vontade política”, disse ela lamentando que não haja uma lei que obrigue o Executivo Municipal a inserir os monitores de creche na Rede Municipal de Ensino. 

Segundo ela, os monitores são tratados com descaso. “O que estamos vendo hoje é um descaso com o monitor. É algo tão simples de ser resolvido, mas há uma má vontade política muito grande”. Segundo ela, a intenção é garantir aos monitores de creche um plano de carreira que garanta melhores condições de trabalho para a categoria. Ela lembrou ainda que várias discussões sobre o assunto foram realizadas e nada se resolveu. “Quantos debates já tivemos nessa casa sobre a questão dos monitores? Nada foi resolvido”, disse ela.

90% do quadro do magistério municipal é composto por mulheres – Ruth Prado Trindade, secretária geral do SIMMP, afirmou que esse dado é esclarecedor sobre o tratamento dado à categoria pelo Executivo. Para ela, a precarização das condições de trabalho e a falta de valorização salariado do magistério tem relação com o machismo. “No momento em que a educação foi feminizada ela passou a ser desvalorizada”, afirmou. Ruth lamentou: “A nossa condição justifica os baixos salários. A nossa condição de mulher justifica a precarização e a desvalorização da carreira”. Ela pediu aos vereadores apoio para as causas da categoria e afirmou que a maior parte das professoras exercem atividades paralelas para conseguir pagar as contas. 

Plenária se manifesta – A monitora de creche Tatiana Santana disse que os monitores não desistirão de ser reconhecidos e vinculados à Secretaria Municipal de Educação. “O monitor não vai desistir. Nós temos um objetivo”, destacou ela. De acordo com Tatiana, os monitores precisam do desmembramento da Secretaria de Administração e a vinculação à Secretaria Municipal de Educação, e assim poderão ter aceso ao Plano de Carreira. 

“Nós queremos papel assinado, nós queremos compromisso. É mais do que justo”, disse ela. “Desmembramento já”, cobrou ela.  

Márcio Freudental afirmou que a categoria quer o diálogo, mas não é o que acontece. Ele relatou que o prefeito se reuniu, em menos de uma hora, com todos os sindicatos e fez quatro promessas e não cumpriu nenhuma – plano de saúde, programa de moradia, divisão do REFIS e abono salarial. Freudental frisou que o que se cobra é uma garantia constitucional. Ele denunciou que muitos professores não aderiram à greve porque foram ameaçados.




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