Durante a sessão mista da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), nesta quarta-feira, 6, o membro do Fórum Sindical e Popular de Vitória da Conquista, Noeci Salgado, ocupou o espaço da Tribuna Livre para tratar das dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores rurais do município, inclusive com a Reforma da Previdência. “A agricultura familiar está sendo massacrada por esse governo ilegítimo, golpista e traidor”, disse Noeci.

Salgado contou que uma série de cortes foram impostos aos agricultores familiares, causando uma série de dificuldades. “Tirou todos os recursos da Reforma Agrária, da agricultura familiar e deixou algumas migalhas. A agricultura familiar não está tendo acesso aos programas”, apontou ele. “Os agricultores não estão tendo condições. O Banco do Brasil não oferece nada, o Banco do Nordeste só o Crediamigo”, completou.

Falando diretamente sobre a Reforma Previdenciária, Noeci disse não saber como os trabalhadores rurais farão para conseguir se aposentar. “Eu não sei como, se essa reforma for aprovada, o homem do campo vai aposentar”, disse. Ele pediu aos vereadores que articulem junto a seus deputados para que votem contra a Reforma Previdenciária. “Articulem com seus deputados para que não façam isso, senão muita gente vai voltar para a sarjeta”, disse.

Dificuldades na zona rural de Vitória da Conquista – Sobre as dificuldades enfrentadas especificamente pela população rural de Conquista, Noeci Salgado apontou que em várias localidades as estradas estão intransitáveis, com a população tendo dificuldades de acesso a consultas médicas, além da constante falta d’água.

Segundo ele, Farinha Molhada é uma das regiões mais afetadas pelas más condições de conservação das estradas. “Na região de Farinha Molhada o transporte não está chegando”, disse ele destacando que por isso, transporte escolar e médicos não chegam à localidade.

Quanto ao acesso às consultas médicas, segundo Noeci, há comunidades que a meses não contam com atendimento médico e outra, que a população está precisando caminhar com lata na cabeça para buscar água, devido não está mais sendo entregue de casa em casa como ocorria anteriormente.